DEUS É O SENHOR ABSOLUTO DO UNIVERSO



Há quem julgue que Deus criou o mundo, sim, mas abandonou à sua própria sorte. A História não passaria, assim, de mera sucessão de fatos sem fim, e não dirigidos. A verdade confortadora, entretanto, é que segundo nos revelam as Escrituras, a História é dirigida, tem um fim, e quem a dirige é o próprio Deus. E o fim para o qual a conduz, é a consumação do domínio de seu reino, com a implantação de uma nova ordem, de um novo mundo de felicidade. Esta compreensão é de muito valor para nós, que vivemos em dias tão conturbados, turbulentos e cheios de terríveis sofrimentos: Guerras, catástrofes, tragédias, crises, fome, pestes, doenças,  injustiças, maldades, perseguições, mortes... Precisamos estar firmes, sabendo que Deus não está ausente. Ele é o Único Deus Vivo e Verdadeiro. Ele é Eterno, Infinito, Onipresente, Onipotente e Onisciente. Ele é o Senhor Absoluto do Universo.

-Instrumentos nas mãos de Deus - Isaías 10
5   Ai da Assíria, a vara da minha ira! Porque a minha indignação é como bordão nas suas mãos.
6   Enviá-la-ei contra uma nação hipócrita e contra o povo do meu furor lhe darei ordem, para que lhe roube a presa, e lhe tome o despojo, e o ponha para ser pisado aos pés, como a lama das ruas,

Em sua soberania, na direção da História, Deus dispõe da instrumentalidade dos homens. Tanto Israel como Judá viviam afastados de Deus, eram hipócritas e amantes da injustiça. O castigo de Deus viria na forma de invasão pelos Assírios. A invasão de Israel é predita no capítulo 9, e cumpriu-se alguns anos mais tarde (II Reis 18:10). A invasão de Judá está predita em Isaías 10:5,6. Para observadores comuns, a invasão de Samaria, e a de Judá obedeceriam a fatores puramente políticos, econômicos e sociais. Todavia tanto uma como outra tinham um objetivo moral, da parte de Deus, embora os próprios participantes dos fatos não o soubessem. Era Deus quem dirigia a mão do rei da Assíria contra seu povo.

-Soberania e livre arbítrio - Isaías 10
7   ainda que ele não cuide assim, nem o seu coração assim o imagine; antes, no seu coração, intenta destruir e desarraigar não poucas nações.
8   Porque diz: Não são meus príncipes todos eles reis?
9   Não é Calno como Carquemis? Não é Hamate como Arpade? E Samaria, como Damasco?
10   A minha mão alcançou os reinos dos ídolos, ainda que as suas imagens de escultura eram melhores do que as de Jerusalém e do que as de Samaria.
11   Porventura, como fiz a Samaria e aos seus ídolos, não o faria igualmente a Jerusalém e aos seus ídolos?
12   Por isso, acontecerá que, havendo o SENHOR acabado toda a sua obra no monte Sião e em Jerusalém, então, visitarei o fruto do arrogante coração do rei da Assíria e a pompa da altivez dos seus olhos.
13   Porquanto disse: Com a força da minha mão fiz isto e com a minha sabedoria, porque sou inteligente; eu removi os limites dos povos, e roubei os seus tesouros, e, como valente, abati aos que se sentavam sobre tronos.
14   E achou a minha mão as riquezas dos povos como a um ninho; e, como se ajuntam os ovos abandonados, assim eu ajuntei toda a terra; e não houve quem movesse a asa, ou abrisse a boca, ou murmurasse.
15   Porventura, gloriar-se-á o machado contra o que corta com ele? Ou presumirá a serra contra o que puxa por ela? Como se o bordão movesse aos que o levantam ou a vara levantasse o que não é um pedaço de madeira!

No desenrolar da história atuam estas duas força, que parecem ser antagônicas, mas se harmonizam. Deus tem poder para dirigir (Isaías 10:5); o homem é livre para agir (Isaías 10:7). Deus não determina qualidades morais, nem intenções. Os homens em seu plano, em sua esfera de interesses, intentam, planejam, lutam. E Deus, com seu poder, vale-se de suas realizações para o cumprimento de seus desígnios. Deus não determinou que a Assíria fosse um povo guerreiro e cruel. O rei queria, por sua livre escolha, sem a intervenção de Deus, destruir muitas nações. Queria a glória de ser invencível conquistador (Isaías 10:7). Isto é mau, e Deus certamente reprova tal desejo, mas, desde que o homem o tem, e o realiza, Deus vale-se de seus feitos, para orientar a História. Em proceder assim, Deus não pactua com os ímpios, nem se torna conivente com o pecado. Embora usando o rei como instrumento, declara que vai puní-lo, por causa de sua arrogância, em não glorificar a Deus mas julgar-se valoroso aos próprios olhos. Sua arrogância era porque seus príncipes governavam os países vencidos como reis (Isaías 10:8); porque vencera muitos países, a despeito da proteção dos deuses deles (Isaías 10:10); e julgava que nada poderia detê-lo contra Jerusalém (Isaías 10:11). Mais tarde, quando queria invadi-la, mandou um mensageiro exortar o povo a render-se, a não confiar nem no rei, nem nos egípcios, nem no Senhor.

-Deus não está ausente - Isaías 14
24   O SENHOR dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá; e, como determinei, assim se efetuará.
25   Quebrantarei a Assíria na minha terra e, nas minhas montanhas, a pisarei, para que o seu jugo se aparte deles, e a sua carga se desvie dos seus ombros.
26   Este é o conselho que foi determinado sobre toda esta terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações.
27   Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem pois o invalidará? E a sua mão estendida está; quem, pois, a fará voltar atrás?

Por causa da arrogância do Rei da Assíria, Deus determinou puní-lo. E o faria dentro das terras de Judá, livrando seus povo do jugo do inimigo. De fato quando Senaqueribe estava acampado perto de Jerusalém, Ezequias se arrependeu e buscou a Deus em oração, e Deus destruiu, numa noite, o exército da assíria (Isaías 37:36). Deus está presente na História e age com mão poderosa. Nada pode fazê-lo retroceder, nem modificar seus desígnios. Os homens podem agir em sua liberdade, segundo seus interesse, mas Deus tem sempre poder para relacionar todas as coisas, de modo a alcançar o fim que determinou.

Conclusão -
Não temamos. O poder maligno é uma realidade no mundo, nossos dias são sombrios, mas o mundo não está à mercê das forças do mal. Acima de tudo, Deus está dirigindo o mundo para o fim glorioso.

A História está sendo dirigida para a culminância de um plano milenar de Deus: a formação de um novo mundo, com novas criaturas, salvas por Jesus, conforme nos dizem nos últimos capítulos do livro de Apocalipse. Alegremo-nos, pois.
Diante das incertezas e da  dramática situação que vive o  mundo atual e do terrível e horrendo sofrimento que passa a  humanidade, não devemos e não podemos nos surpreender. Tudo isto está previsto na Palavra de Deus. Conforta-nos, a respeito, a exortação de Jesus: 'Tende bom ânimo...' (João 16:33); 'Eis que estarei convosco até a consumação dos séculos' (Mateus 28:20).

O próprio crente corre o risco de cair em falta semelhante à de Senaqueribe, rei dos Assírios, a de se ensoberbecer com os próprios feitos, sem glorificar a Deus. Reconheçamos que de nós mesmos nada faremos. Que não passamos de machado nas mãos do lenhador (Isaías 10:15), ou barro nas mãos do oleiro, e estejamos vigilantes contra a vaidade.

Temos um papel ativo e especial na História, como Israel já teve o seu. Nossa tarefa é tornarmos o nome de Deus cada vez mais conhecido em toda a terra.


Os pecados hão de ser punidos, e os serviços a Deus recompensados, no fim da História: 'Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal (II Coríntios 5:10)'. Não deixemos, pois, influenciar pela frouxidão moral ao nosso redor. Deus visitará a maldade dos homens: '... porque eu, o SENHOR teu Deus, sou zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a milhares que me amam e aos que guardam os meus mandamentos. Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão (Êxodo 20:5-7)'. 'E quando o Filho do homem em sua glória, e todos os santos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas.

E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.

Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-me de comer, tive sede, e  destes-me de beber, era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.

Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo estrangeiro, não me acolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermos, e na prisão, não visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Então lhes responderá dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um  destes pequeninos o não fizestes, não fizestes a mim.

E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna (Mateus 25:31-46)'.

'Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem pois o invalidará? E a sua mão estendida está; quem, pois, a fará voltar atrás'?' (Isaías 14:27). Este versículo mostra que Deus é o Senhor Absoluto do Universo, e que nada existe que possa contrariar seus desígnios. Isto nos lembra o cântico de vitória do Apóstolo Paulo, em Romanos 8:31: 'Se Deus é por nós, quem será contra nós?'. Em Deus presente na História está nossa garantia e nossa tranquilidade.

Que Deus continue nos ajudando e e nos abençoando!

Que a Graça, a Paz e a Misericórdia do Senhor e Salvador Jesus Cristo; que o Grande, Infinito, Eterno e Sublime Amor de Deus Pai; e que, as Consolações, o Conforto, a Comunhão e o Poder do Espírito Santo, sejam com todos, hoje, sempre, eternamente! Amém!



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